Olá, Karla!

Sei que estava devendo isso a você.

"Passado um mês do resultado do concurso, a ficha ainda não caiu completamente (rsrsrs).

Agora, com a proximidade da posse, é que a necessidade de organizar a mudança (de cidade e de vida) vai tornando tudo mais real.

Sim, depois de quase quatro anos de preparação, sacrifícios pessoais e muitas reprovações (no total, foram aproximadamente 20 concursos), o sonho de uma vida vai assumindo contornos mais concretos e precisos.

Completei 49 anos, duas semanas antes da prova oral do TRT 8. Sou servidora pública, mais precisamente, técnica judiciária da JFPE, há 17 anos, casada e mãe de um rapaz já advogado de 23 anos e de uma moça de 21 anos, estudante de Engenharia.

Comecei minha vida profissional como professora de português (minha primeira graduação foi em Letras). Depois, trabalhei por 9 anos como bancária. 

Não realizada profissionalmente, resolvi prestar concurso público, havendo sido aprovada para o cargo de técnico judiciário da Justiça Federal, quando então cursava o terceiro período do curso de Direito.

Foi uma época de muita dificuldade, pois, além de trabalhar 8 horas diárias, meus filhos eram bastante pequenos. Contei com a ajuda de minha mãe, sempre dando o suporte para que eu pudesse terminar a faculdade.

Após concluir o curso de graduação (1999) e uma especialização (2001), resolvi dar um tempo para me dedicar mais aos meus filhos, pois me ressentia de não ter acompanhado a infância deles como desejava. Ademais, a adolescência se avizinhava, o que demandava uma atenção especial da minha parte.

Depois de algumas tentativas frustradas de retornar aos estudos, conclui que seria melhor aguardar minha filha mais nova passar no vestibular, o que efetivamente ocorreu em dezembro de 2009.

Assim, apenas a partir de janeiro de 2010, retomei meus estudos. Após muita reflexão, findei por optar pela carreira da magistratura trabalhista.

O meu primeiro concurso na área foi o do TRT 21 (primeiro semestre de 2010), ao qual se seguiram aproximadamente vinte outros.

A minha maior dificuldade sempre foi a primeira fase, pois sou meio avessa à memorização. Passar na prova objetiva parecia um obstáculo quase intransponível. 

Inicialmente, os resultados eram bastante ruins, ate que, após começar a reprovar por 1 questão em alguns Regionais, finalmente, consegui passar para a segunda fase (TRT 6, TRT 19, TRT 21, TRT 20).

Seguiu-se um período de quase 3 anos de muita abdicação e sacrifícios. Doía muito não poder participar mais ativamente da vida de meus filhos, não dar atenção a meus pais idosos, não conversar, passear, curtir o meu marido. A vida praticamente se resumia a trabalhar e estudar. Sentia-me sozinha e, muitas vezes, precisei recobrar forcas de onde nem sabia que existiam.
 
No final do ano passado, após ser reprovada na prova de sentença do TRT 20, por meio ponto, fiquei bastante desanimada. O cansaço parecia tomar conta de mim e o sonho, quase inatingível.
 
Até que minha vida passou por uma mudança radical, sem o que, com certeza, a sonhada aprovação demoraria um pouco a chegar.

Incentivada por meu esposo, cujo apoio, tanto do ponto de vista material como emocional foram decisivos para a nossa conquista (nossa, porque o meu sonho de ser juíza do trabalho transformou-se em projeto familiar, que envolveu todos, incluindo meus filhos), em abril deste ano, entrei em licença sem remuneração.

Foi, então, que, por indicação de um amigo, procurei o Curso Kapa, pois sabia que precisaria de muita organização para aproveitar cada minuto dos dias de minha licença. E eu não tinha tempo a perder!!!

Sempre fui muito disciplinada, mas, ante a extensão do programa do concurso, achava que jamais conseguiria estudar todos os pontos mais importantes. Nesse aspecto, a atuação da Karla Almada foi um divisor de aguas, tanto no que diz respeito às provas objetivas, como às discursivas e sentenças (dos 5 concursos que prestei em 2013, fiz 3 provas discursivas, 3 sentencas e 1 oral).

Os planos de estudo organizados pela Karla deixavam-me mais segura e tranquila, permitindo que eu me dedicasse integralmente "apenas" à tarefa de estudar.

Em especial, não posso esquecer todo o apoio que recebi da Karla durante a preparação para a prova discursiva do TRT 8. Suas correções precisas, dicas e palavras de incentivo fizeram toda a diferença para mim, pois, pela primeira vez, senti que, verdadeiramente, eu teria chances de passar. E passei a acreditar nisso!

Assim, graças a Deus, ao apoio incondicional de minha família, à ajuda de amigos e à orientação de professores especiais, como a Karla, pude realizar meu tão acalentado sonho.

Hoje, sou capaz de compreender que as coisas acontecem no momento e no lugar certos e que todos aqueles que não desistem, a despeito das dificuldades pessoais, são capazes de realizar seus sonhos. Para tanto, basta lutar, persistir, ousar e acreditar em si mesmo.

Por tudo isso, tenho muito a agradecer pelo carinho, pelo incentivo e pela confiança que a Karla sempre depositou em mim, mesmo quando nem eu acreditava mais ser possível.

Obrigada, Karlinha!
Bjs.

APROVADA TRT PARÁ