Minha história em concursos públicos pode ser dividida em duas partes: uma antes do KAPA e outra depois do KAPA.
Após uma reprovação que me abalou muito em 2014 (juntamente com outros aspectos pessoais que aconteceram em minha vida) acabei abandonando o meu sonho de obter a aprovação num cargo público, pois entendi que não tinha capacidade...era uma montanha muito alta para escalar e eu estava totalmente descrente de mim mesmo.
Algum tempo depois, verificando a situação que eu me encontrava, a Karla (uma irmã que a vida me presenteou), ouvindo meu pedido silencioso de socorro, me chamou para trabalhar assessorando os professores.
No curso, de forma gradativa, após muito apoio e muitas sessões de coaching (com puxões de orelha kkkkk) eu fui retomando a fé em minhas capacidades e quando recebi a oportunidade de ingressar no corpo docente do curso em meados de 2018, aceitei (com muito medo) o desafio porque ali pensei: “se a Karla confiava em mim para trabalhar como um dos professores, é porque ela enxergava algo em mim que eu mesmo não via mais”. Essa acabou sendo a melhor decisão que podia tomar. Com o tempo voltei a ter fé em mim e retomei os estudos, mas não para concursos públicos, mas sim para ajudar os meus alunos.
Passando o tempo, eu casei com a mulher da minha vida e um ano e meio depois aconteceu a maior alegria de nossa vida: o nascimento de nossa primeira filha. Num primeiro momento, um grande susto: ela nasceu prematura (por conta de uma gripe fortíssima que a minha esposa contraiu) e por isso acabou apresentando alguns problemas...baixo peso, sistema digestivo não totalmente desenvolvido e com talvez um possível problema cardíaco. Além disso tudo, minha amada esposa apresentou um quadro de anemia severa. Quantas idas ao hospital não tivemos nesses primeiros dias....quantos médicos passamos até que as duas ficassem bem o suficiente para voltarmos para a nossa cidade (e aqui quero fazer um agradecimento especial a pessoa da Karla que sempre me liberou para acompanhar as duas sem nunca ter exigido qualquer tipo de compensação de horários ou mesmo de atestado. Ouvia muitas vezes: “Ah Chicão...para com isso...vai lá cuidar delas e deixa o restante comigo”.
Nesse momento decidi que queria retomar os estudos para concursos públicos e pedi um apoio da Karla, pois precisava de um cronograma e não dispunha de muito tempo para estudar (só quem tem um bebê recém-nascido sabe o quanto o tempo é exíguo). Depois desse direcionamento, só cabia a mim arregaçar as mangas e estudar. Quantas horas estudei nas madrugadas, enquanto ficava com minha filha no colo, esperando passar o tempo suficiente para ela não mais golfar e engasgar com o leite...quantas vezes acordava no susto com ela engasgando e depois demorava horas para voltar a dormir...mas isso só servia de combustível para eu acordar mais cedo e dar o meu máximo (sim, eu podia dar o meu máximo e não tinha mais a possibilidade de dar a desculpa que não passei, pois não estudei tudo o que poderia...agora não tinha mais esse direito).
Foi então elaborado um cronograma bem certeiro, com os pontos que eu precisava de fato estudar, mas com muita atenção ao tempo que dispunha para tal e, com toda atenção e apoio que recebi do pessoal, após meses de muito esforço, privação de sono e muito apoio dos professores do Kapa, obtive a tão sonhada aprovação num concurso público com nota 10 na prova dissertativa.
Uma coisa é fato: Não vou parar por aqui. Em minha cabeça o grito “VAMO Q VAMOOOO” só irá descansar quando eu chegar no meu cargo fim!!!!
Por tudo isso, só tenho que agradecer, primeiramente a Deus por tudo que Ele fez em minha vida, possibilitando que eu rendesse o meu melhor nos estudos, posteriormente a minha filha e esposa que são a minha força motriz..são as razões pelas quais me dediquei tanto nessa caminhada. Também agradeço aos meus pais por todo o apoio ao longo desses anos e por sempre acreditarem em mim.
Obrigado KAPA
Obrigado MAMIS KA
Francisco Calijuri Junior- Aprovado em 1º Lugar no concurso de analista previdenciário no Instituto de Previdência de Peruíbe.
